terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Fecundação e Big Bang


     Um estudo para a sequência do início, na verdade o fim do começo. Estou em processo de várias cenas, e esta é para onde os desenhos iniciais vão levar, seguindo nesta ideia de fecundação, e posterior nascimento, geração. Pretendo criar imagens que não pareçam diretamente com alguma coisa, mas que sempre estejam em mutação, em transição, em processo realmente. Logo, nesta sequência a princípio se vêem aparentemente espermatozóides e um óvulo, mas logo após penetrarem no núcleo, o resultado será semelhante a um big bang, e aí estas células estarão mais para galáxias, planetas e asteróides. E entre, claro, inúmeras outras interpretações. A animação experimental traz estas possibilidades: nem tudo é o que parece, e nem precisa ser.

     Também estou retomando a produção dos frames pintados fisicamente, com nanquim e acrílica sobre papel. Há desenhos de quase um ano atrás, que não via há muito tempo. Muita coisa mudou de lá pra cá, e enquanto há sequências que ainda não sei como vou resolver, há boas surpresas e cenas que se encaixam perfeitamente com as feitas com ferramentas digitais. A fusão suave entre as técnicas é outro objetivo deste curta; ao invés de fazer algo naquele esquema tradicional de "agora é a hora da parte em lápis de cor", "agora, a parte digital" e "por fim, a parte com xilo", onde tudo fica muito marcado, a ideia é fazer de fato tudo se fundir naturalmente. Claro, os momentos com as técnicas se alternarão, mas espero conseguir parecer que tudo seja uma coisa só, que a unidade do filme perpasse em cada frame, independente da técnica.

     Em frente! Em breve, mais dos processos simultâneos de produção :)

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